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RePROGRAMANDO

O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.

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Como falar com as crianças sobre a perda de um ente querido?

09/06/2020

Existe um tabu em relação à questão da morte. As pessoas não gostam de falar e sempre evitam falar sobre isso. Então, quando chega o momento da perda de um ente querido, fica todo mundo perdido sem saber como agir e como comunicar à criança sobre o ocorrido, além de nos fazer remeter à finitude. Não falar sobre e esconder sobre isso é a pior coisa que podemos fazer, uma vez que é um processo normal e é a única certeza que todos nós temos que um dia vai acontecer. Quando vai ser e como vai ser não sabemos, porque não temos a carteirinha com data e hora marcada. Ainda bem! Mas vai acontecer com todos nós em algum momento.

A importância da verdade

A morte faz parte da vida de todos. É um ciclo com começo, meio e fim. Até 5/7 anos a criança não compreende tanto o significado da morte, por isso é sempre muito importante falar a verdade. A mentira vai gerar insegurança e sentimento de rejeição. Se tentamos aliviar o momento de alguma forma, evitamos que a criança vivencie todo o processo de luto e que compreenda que isso tudo vai passar. O luto passa por algumas etapas como revolta (pesadelo, irritabilidade, impaciência, insônia apetite alterado), descrença, negação, tristeza, para começar um processo de cicatrização e aceitação onde a dor e a tristeza vão dando lugar à saudade gostosa onde você sente a presença da pessoa mesmo na ausência dela, porque a pessoa vive dentro você e cada um vai sentir da forma como registrou as memórias enquanto esteve junto.

Por isso é muito importante não ter medo de falar sobre os sentimentos, principalmente da tristeza, da perda e da saudade que sente porque é o falar da dor que ajudará cada um a fazer a travessia do luto. Não há outra forma saudável de cicatrizar essa ferida a não ser falar, entender, aceitar e ressignificar.

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A experiência de perder alguém muito próximo e amado é muito difícil e doída, porém traz a reflexão para entrarmos em contato com os sentimentos e com a vida. Entrar em contato com questões que ainda não temos certeza sobre, e que pode nos trazer oportunidades de transformação. Se pararmos para refletir, nascemos e morremos de várias formas na nossa vida: a criança precisa deixar morrer o bebê para que ela possa evoluir, o adolescente precisa deixar a criança morrer para continuar, o adulto precisa deixar o adolescente morrer para se tornar maduro, quando casamos precisamos deixar o solteiro morrer para viver uma vida à dois e construir uma família. Quando aprendemos a lidar com as questões do nosso dia e entendemos a importância delas, entendemos também a questão dos ciclos que precisam se fechar. E assim também é com a vida. Se aprendermos que o fim existe, aprendemos também a viver melhor e buscar mais qualidade em tudo que fazemos e em nossas relações, porque nunca saberemos quando será o último dia.

Seja sincero

Seja sempre sincero em relação ao que aconteceu com seus filhos, independentemente da idade. Fale sim, que a pessoa morreu e que infelizmente não estará mais com vocês de corpo, fisicamente e que não irão ver mais. Não diga que viajou, que virou estrelinha, coisas desse tipo. A criança vai esperar a volta dessa viagem que nunca vai acontecer e, dependendo do elo de ligação e de como irá encarar a perda, pode querer virar uma estrelinha também. Além do que, a criança é esperta e observadora, perceberá que tem algo diferente acontecendo, escutará os comentários. Portanto fale a verdade, a confiança em você também dependerá disso, sempre.

A despedida

Em relação ao enterro, fale como será o ritual de passagem, velório e respeite caso ela não queira participar. Porém, é importante que você faça com ela uma forma de despedida, seja através de um desenho, seja através de soltar um balão, ou seja, algo que ela possa simbolizar essa despedida. Esteja do lado, sempre, apoiando, dando colo e dando conforto. Caso não possa ou não consiga, peça para que alguém de confiança fique. A criança pode ver sua tristeza, não há problema algum, demostra que você também tem sentimento e também está sofrendo, só não é aconselhável ficar aos berros e se descabelando, isto é, em uma crise de desespero, senão transmitirá também esse desespero para ela.

A importância da despedida

A vida continua e a dor vai passar. Não tire da criança esse momento de viver essa experiência da perda, é um processo importante para que ela possa vivenciar a despedida, passar pelo processo do luto e seguir sua vida apesar do ocorrido, caso contrário, ficará um vazio, algo não resolvido, um ciclo não fechado que poderá trazer vários problemas futuros de insegurança, medos, ansiedades e até depressão.

Fale e converse, dê aconchego, acolha e valide o sentimento da criança, reconheça com ela que é um momento difícil e tentem lembrar das coisas boas vividas quando essa pessoa estava presente na vida de vocês. Não dá para esquecer uma pessoa querida que viveu tanto tempo entre a família e nem deve ser incentivado esse tipo de sentimento de esquecimento, e sim, encontrar uma nova maneira de lembrar dessa pessoa, através de gestos deixados, exemplos e situações especiais que deixou como marca no dia a dia da rotina familiar.

Ao contrário dos adultos, as crianças não abordam o assunto da morte diretamente, elas nem sabem dizer exatamente o que estão sentindo ou pensando, é comum somatizarem, jogarem para o corpo a dor que sentem em forma de dor de barriga, dor de cabeça e várias outras sensações físicas, e isso ocorre porque a imaturidade ainda não permite que ela consiga identificar suas reações emocionais. E a tristeza pode ser expressa muitas vezes em forma de apatia, isolamento, irritação, birras e até agressividade. Tudo isso depende do grau de envolvimento e sensibilidade da criança com a pessoa falecida. Isso também pode acontecer com os mais velhos e adolescentes.

É importante avisar na escola que houve perda na família para que os professores possam acolher e acompanhar o comportamento, uma vez que pode haver mudanças na maneira de lidar com os coleguinhas, com os adultos e até mesmo afetar o próprio desempenho de aprendizagem. Pode inclusive acontecer dela não querer ou não conseguir assistir a aula, pois pode se sentir insegura, com medo de acontecer o mesmo com outras pessoas importantes para ela. Fiquem atentos às reações e busquem juntos a solução para aliviar essa perda significativa, pois muitas vezes a criança pode ser capaz de propor algo para aliviar os sintomas da tristeza.

Viver e morrer faz parte da nossa vida, precisamos aprender a viver e saber aproveitar cada momento. Portanto, em meio ao céu cinzento, ao momento vivenciado, encontre uma forma de colorir a sua vida, focando nas flores da sua alma, nos momentos construídos e não somente nos espinhos e nas dores sentidas.


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Sylvia Pabst

Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.

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