O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
05/06/2020
Todos nós um dia fomos crianças. Alguns lembram de sua infância, de momentos legais de brincadeiras com amigos, sozinho. Quantos será que são capazes de lembrar de momentos de brincadeiras com seus pais? Quem lembra, o que sente quando vem essa lembrança? É exatamente, por aí que quero começar esse texto. De que forma vocês, pais, querem que seus filhos lembrem de vocês? Que marcas estão deixando na vida de seus filhos? Que tipo de memórias vocês estão criando juntos?
Quando brincamos com nossos filhos, resgatamos a nossa criança interior, tornamos a nossa relação mais prazerosa e criamos vínculos maravilhosos, quase que como construir uma fábrica de afetividade. Brincar é fundamental, para criança é como se fosse um ensaio sobre o mundo e para o mundo porque será a partir das brincadeiras que ela irá desenvolver e ampliar suas percepções em relação ao mundo. Tanto pai quanto mãe podem e devem brincar com seus filhos, cada um vai brincar do seu jeito e com sua característica. Geralmente a mãe irá para o lado de contação de histórias, brincadeiras mais leves, digamos assim. Já o pai acaba assumindo mais o papel da agitação, correria, futebol, briga de luta e por aí vai. O que nada impeça que possa acontecer o contrário também, não há mal nenhum nisso.
É muito importante ficar claro para os pais, que a figura deles no desenvolvimento de vínculo com os filhos é extremamente importante, uma vez que o papel da mãe nas brincadeiras já acontece quase que automaticamente. Pai e mãe são o exemplo para os filhos e a postura e atitude deles perante os filhos, será como eles aprenderão também, futuramente, a serem pais e mães.
Divertir-se e demonstrar afeto através das brincadeiras mostra o lado descontraído da vida e favorece um bom desenvolvimento com responsabilidades e leveza, porque também é através das brincadeiras e dos jogos que ensinamos regras, valores, princípios, tomadas de decisão, aprender que perder faz parte da vida e que se trabalhamos o fato de que perder também é ganhar experiência e se aperfeiçoar para uma próxima vez, tudo se torna muito divertido e de grande valor, treinando as verdadeiras habilidades de vida, além de, claro, ser uma grande troca de amor.
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Alguns pais têm um pouco mais de dificuldade de saírem de uma rigidez porque acham que se ficarem de muita brincadeira com os filhos, estes deixarão de respeitá-los. Digo aqui, com todas as letras, que não tem nada a ver uma coisa com a outra. O desrespeito acontece quando os pais precisam colocar limites e não colocam e vão permitindo que os filhos façam as coisas do jeito deles, na hora que eles querem por que ficam com pena da criança. Ainda tem os pais que querem descansar, ver televisão, relaxar, para esses, é preciso refletir então, o que os levou a decidir ter filhos, uma vez que os filhos precisam desse vínculo e desses cuidados deles. Porque ser pai e mãe não é só colocar uma criança no mundo ou somente cuidar das questões básicas, brincar também é ser pai e mãe.
Os estímulos que os pais vão dando a seus filhos são importantes porque vão auxiliar em vários aspectos do desenvolvimento deles como raciocínio, linguagem, socialização, autoestima e no desenvolvimento de suas habilidades motoras. O que muitos pais não sabem é justamente isso, o quanto a participação deles é fundamental nesse processo.
Se você ainda não se convenceu plenamente e precisa de mais alguns motivos, ou como, diríamos na psicologia, incentivos para brincar com seus filhos, reflita sobre estes:
Sabemos que a rotina dos pais, hoje em dia está cada vez mais corrido, praticamente uma corrida contra o tempo para dar conta do trabalho, amigos, academia e cuidados pessoais, da casa e da família, com exigências e autocobranças cada vez maiores. E, com isso, as crianças acabam, também, sofrendo pressões cada vez mais cedo, com agendas cheias e às vezes até 12 horas em uma creche, ainda natação e outras atividades que os pais acabam colocando seus filhos, sem pensar também que todo esse estresse e desgaste acaba sendo nocivo para todos. Às vezes, é muito mais saudável ir para casa com seu filho, sentar, brincar, contar estórias e dar boas gargalhadas do que encher mais ainda o dia de todos, chegando em casa, todo mundo exausto e estressado.
É importante ter em mente que o mundo da criança não deve ser preenchido com metas e objetivos a serem alcançados, como, vocês pais, têm, como se fosse uma espécie de treino para a vida adulta, que caso não se desenvolvam dessa maneira não terão competência futura. O cérebro da criança assimila os conceitos úteis às fases futuras durante as brincadeiras, quando vai explorar a criatividade, a consciência corporal e a empatia. Ou seja, sendo criança e não um mini adulto.
Estamos vivendo um mundo hoje, onde as estatísticas nos mostram que 50% dos pais afirmam não terem tempo para brincar com seus filhos – daí eu questiono se para outras coisas dos seus prazeres arrumam tempo. E, 84% das famílias recorrem ao uso das tecnologias para justificar essa “falta” de tempo e o “não querer” se disponibilizar para estar com a criança. As crianças precisam que seus pais encontrem esse tempo, mesmo que seja 30 minutos diários, porém, que estejam inteiros. Até porque não é a quantidade de tempo que se dedica e sim a qualidade, ou seja, como vocês estarão com seus filhos, porque para a criança o que importa é o momento da interação entre elas e seus pais. Tudo pode se tornar lúdico, até mesmo na hora do banho.
Portanto, se você quer ser um pai e uma mãe engajados e participativos, que reconhecem a importância de brincar com seus filhos para criar laços, vínculos e memórias maravilhosas que durarão para a vida toda, reflitam sobre todos os benefícios que sinalei acima e preparem seus filhos para a vida, sem preconceitos, com inteligência emocional e resistentes ao mundo, valorizando a simplicidade, não subestimando o poder do carinho, entendendo os sentimentos de seus filhos, usando as tecnologias com limites e habilidades de vida com o desenvolvimento do autoconhecimento e cuidando de suas relações interpessoais.
Faça as oportunidades acontecerem e brinquem com seus filhos, aproveitem esses momentos, tenho certeza que eles só terão o que agradecer!
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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