O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
17/07/2020
Quem não tem medo de desenvolver essa doença tão triste? Acredito que todos, de alguma forma. O Alzheimer é uma doença neurológica, incapacitante, que afeta o funcionamento do cérebro, começando com pequenos esquecimentos e aos poucos aumentando não só ainda mais a dificuldade de memorizar fatos recentes e, aos poucos, de resgatar fatos passados, como outras funções do cérebro.
Para que a gente consiga memorizar algo é necessário que haja atenção na informação e que esta seja repetida e elaborada. Dependendo da importância afetiva, a informação pode ser registrada de forma mais rápida ou não. E, então depois vira memória de longa duração, caso contrário, a informação é descartada ou enfraquecida se não for reforçada.
E, no Alzheimer, todo esse processo começa a sofrer lesões e concentrar-se torna-se cada vez mais difícil. Sem atenção e concentração, não se registra a informação de forma correta. Se não registra, não vira memória. Se não fez memória recente, não é reforçada para virar memória de longa duração. Então a pessoa não lembra mesmo, por isso repete tantas e tantas vezes a mesma coisa.
O diagnóstico é de probabilidade. Usa-se a palavra “provável” porque o único diagnóstico definitivo do mal de Alzheimer, no momento, exige o exame histológico do tecido cerebral, o que requer autópsia ou uma biópsia, ou seja, só pode realmente ser comprovado após a morte da pessoa. Trata-se portanto de um diagnóstico clínico. Porém, toda a avaliação de funções cognitivas e executivas como orientação tempo-espacial, absorção de informações, atenção, fluência verbal e rememoração de informações dadas, levam a essa probabilidade diagnóstica em função dos déficits característicos da doença.
A atrofia cerebral possui um forte componente genético, estudos falam de mutação dos genes APP, PS1 e PS2, porém cerca de 50% de portadores de instalação precoce da doença não exibem mutações em nenhum desses 3 genes. O que se fala da doença desenvolvida e não herdada, ou seja, consequências de má alimentação, falta de atividade física, estresse crônico e pouco desenvolvimento ou estímulo cognitivo.
Ainda não se tem a cura da doença, porém alimentação, atividade física, controle de estresse, medicação e atividades cognitivas ajudam a retardar o progresso dos sintomas da doença. Portanto pode-se reduzir o declínio cognitivo, porém ainda não se tem como deter ou reverter a doença.
Em estágio mais avançado a pessoa olha para as pessoas que conviveu a vida toda e não os reconhecerá. Esquecerá como amarrar os sapatos, o caminho de volta para casa, como passar manteiga no pão. Em algum momento seus neurônios estarão sendo bloqueados por placas amiloides aderentes (como se calcificassem as conexões entre as células impedindo a passagem das informações e, sem os neurônios conseguirem se comunicar, “abandonados” e sem estímulo, morrem) e a pessoa não conseguirá mais fazer as coisas que sempre gostou de fazer.
Em algum momento, nada mais fará sentido e o vazio dominará porque vai se distanciando cada vez mais de sua autoconsciência e, sem consciência, não sabemos o que fizemos, o que faremos, quem somos.
Você tem alguém da família com a doença? Deixa aqui seus comentários, penso sempre ser importante para muitos perceberem que não estão sozinhos. E quanto a você? O que vem fazendo para cuidar de sua saúde mental?
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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