O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
01/05/2020
O que verdadeiramente significa para você perdoar? Muitas pessoas acham que perdoar é esquecer o que aconteceu e a vida que segue. Não é bem assim, até porque se esquecemos, corremos o risco de acabar permitindo que o que tenha acontecido possa vir a acontecer novamente, ou seja, não aprendemos a lição com o fato em si. Até porque perdoar também não quer dizer que tudo tem que voltar a ser como antes, porque tudo não vai voltar a ser como antes. Se você aprendeu com o que aconteceu, você mudou e, se mudou, não será mais o mesmo.
Deixar pra lá, seguir em frente, afastar-se de quem te machucou ou deixar o tempo se encarregar de resolver? Muitas pessoas, simplesmente deletam o que houve quando fica tudo bem e realmente não lembram, outras dizem que perdoam, porém em um primeiro momento que alguma coisa aconteça novamente, parece que vem tudo como uma avalanche e joga na cara tudo o que ocorreu anteriormente. E outras ainda, dizem que gostariam muito de perdoar, mas não conseguem.
Primeiramente que guardar rancor, mágoa, raiva é estar alimentando uma erva daninha dentro da gente e não dentro de quem causou o sofrimento. Costumo dizer que é como se nós tomássemos o veneno e quisesse que o outro morresse. Não funciona. Muitas vezes, pela pessoa estar tão envolvida naquele sentimento que não para para refletir ou tentar entender o que houve. O que levou a pessoa a agir como agiu? Nem sempre teremos a resposta, porque não somos o outro e nem temos a bola de cristal para adivinhar. Então precisamos perguntar à pessoa para entender. Avaliar qual foi a nossa parcela de responsabilidade para que aquilo tenha acontecido. Está certo que nem sempre temos essa responsabilidade, às vezes foi o “anjinho do mau” que ficou soprando no ouvido da pessoa e ela deu ouvidos a ele. Mas precisamos, também, refletir que as pessoas só fazem as coisas com a gente porque permitimos que faça.
Precisamos avaliar o que ganhamos quando ficamos remoendo o fato ocorrido e/ou ressentindo, ou seja, sentindo tudo novamente, ao invés de perdoarmos e seguirmos adiante. Queremos que o outro fique com pena da gente? Até que ponto ficamos nos sentindo inferior ou mesmo nos vitimizando por conta do que aconteceu? Quando nos sentimos vítimas em relação ao ocorrido, nossos sentimentos não estarão nos protegendo e sim nos prejudicando porque criamos prisões emocionais repletas de mágoas. Precisamos aprender a lição e, como falei, entender qual foi a intenção da pessoa.
Se a intenção da pessoa foi inconsequente, e a pessoa é alguém importante para você, após entender o que a levou a agir como agiu, tire esse peso de dentro de você e perdoe. Logicamente que, se a pessoa percebeu sua atitude inconsequente, precisa também perdoar e mudar seu comportamento. Não pode é fazer novamente e pedir perdão, fazer mais uma vez e pedir perdão. Daí para mim, isso tem outro nome – sem vergonhice, relacionamento abusivo, falta de consideração…, ou seja, é olhar só para si e não se importar com o sentimento da pessoa que está sendo magoada. Daí o magoado tem todo o direito de se afastar, se entender que é necessário para não adoecer, mesmo que seja alguém da família.
Respeitar seus próprios limites é fundamental, senão, como foi falado acima, é continuar tomando veneno. Ressignifique seus sentimentos e sua dor. Não fique se culpando ou se autopunindo porque deveria ser um ser evoluído deveria perdoar e não sentir mais nada, esquecer… somos seres humanos, portanto, seres em evolução.
O autoperdão também é extremamente importante para não ficarmos tomando do nosso próprio veneno. Enquanto seres em evolução acertamos e erramos. A grande questão é você refletir se errou querendo acertar ou errou de propósito? Se foi com a intenção de querer acertar, agradeça a oportunidade de aprender com isso e melhorar e se perdoe sendo seu melhor amigo. Se errou com a intenção de errar mesmo, puxe-se a orelha e reflita se é esse o caminho que você quer realmente seguir na sua vida. Muito provavelmente não será o caminho da evolução.
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Avalie seu grau de carência diante a vida e, o quanto você se coloca vulnerável ou vítima em relação aos outros. Aprenda a não julgar situações passadas com os seus valores do presente. Todos os dias temos novas oportunidades para mudar. E, perdoar é uma dessas oportunidades. Não há fantasma maior rodeando nossa cabeça do que ficar voltando o tempo todo no que nos fez sofrer. As pessoas envolvidas podem e devem aprender e crescer com a experiência ocorrida e isso não quer dizer se punir eternamente por algo já feito. Se vai perdoar, perdoe e não fique revivendo o tempo todo novamente. Livre-se desse amargor e desse peso. Ouça seus medos e cure suas feridas sendo amoroso, carinhoso e responsável consigo mesmo. Modifique padrões de pensamentos e de sentimentos porque a verdadeira cura e o verdadeiro perdão não é somente perdoar a atitude do outro e sim, fazer as pazes com você mesmo. O remédio para essa dor, está nas mãos e no querer de cada um e quando conseguimos alcançar isso, retomamos o poder e o controle sobre nós mesmos e sobre as nossas próprias vidas, não deixamos mais nas mãos do outro ou na expectativa da mudança de comportamento do outro. Por isso ser tão importante aprendermos a perdoar, porque não será em benefício do outro o perdão e sim, perdoarmos por nós mesmos para que possamos superar a nossa dor.
Quando perdoamos vamos nos curando de dentro para fora e com isso teremos mais capacidade de nos conectarmos de forma genuína e autêntica não só conosco, como também com os outros, caso contrário nossos relacionamentos estarão sendo afetados porque estaremos apegados demais aos sentimentos de dor, mágoa, raiva… e não conseguiremos aproveitar a vida como deve ser aproveitada, ou seja com qualidade e plenitude e, se acreditamos na coragem existente dentro da gente e perdoamos, nos tornamos livres. Livres para nos abrir ao novo, à vida, à saúde física, emocional, mental e social.
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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