Vamos falar da relação entre jogos cognitivos e neuroplasticidade?

A neuroplasticidade é a capacidade do nosso cérebro de se modificar ao longo da nossa vida. E essas mudanças podem ser tanto para o bem – mudanças positivas, quanto para o lado ruim, como degenerações por doenças ou falta de estímulos.

Vamos entender melhor isso.

O cérebro não sabe distinguir entre comportamentos positivos e negativos, bons ou ruins. Ele aprende por repetição. Se repetimos ou reforçamos coisas ruins como “não sou capaz”, “sou burro”, “não consigo”, dentre tantas outras frases ruins e nocivas que repetimos para gente e, muitas vezes para os outros também, isso fica registrado como uma verdade em nossa memória.

Uma verdade ruim e, acredite, seu cérebro fará de tudo para que aconteça – é o que eu chamo de autosabotagem e de você ser seu pior inimigo. Quando estimulamos nosso cérebro positivamente, estamos estimulando a neuroplasticidade saudável, transformando e desenvolvendo uma antifragilidade no funcionamento do nosso potencial cognitivo, permitindo a aprendizagem de novas formas de estar na vida, lidar com conflitos, resolver desafios, dentre tantas outras coisas, ou seja, nos tornamos nossos melhores amigos.

E o que isso tudo tem a ver com jogos cognitivos?

Tudo! Através do jogos cognitivos, que são jogos direcionados que estarão estimulando atenção, concentração, percepção visual, coordenação visuomotora, visão espacial, lógica, memória, linguagem, tomada de decisão, discernimento, pensamento e equilíbrio emocional, estaremos, de forma lúdica, divertida, descontraída e sábia, as áreas citadas acima.

Cada vez que você experimenta ou aprende algo novo, o seu cérebro cria uma rota nova e cria novas conexões entre as células neuronais, como o início de um caminho que nunca havia sido percorrido antes. Porém, não basta só aprender algo novo, é preciso repetir, repetir e repetir outra vez, porque é a repetição e a prática que farão com que se desenvolvam e virem memórias as novas aprendizagens, até virarem hábitos.

Essas novas conexões serão então reforçadas cada vez que são usadas novamente, tornando-se mais fortes e de acesso mais rápido e mais fácil. E, se você não reforça o que foi aprendido, com o passar dos anos, essas conexões vão perdendo a força e se “apagando” até se perderem.

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Com os jogos cognitivos podemos estar estimulando essas rotas para que não se enfraqueçam e nem se percam, e sim, irem melhorando cada vez mais a rapidez de raciocínio, a capacidade perceptiva e atencional, entre tantas outras áreas do cérebro que precisam estar acordadas para a qualidade de funcionamento cognitivo, adiando, assim, também, o envelhecimento neurológico e evitando ainda, o surgimento de doenças neurodegenerativas.

Também são excelentes na função de reabilitação após acidentes, traumas, derrames ou isquemias, bem como, em casa de já haver o início de alguma doença neurodegenerativa, poder desenvolver um trabalho para retardar o máximo possível o avanço da doença.

Portanto, você quer ter um bom funcionamento cognitivo e retardar ao máximo o envelhecimento do seu cérebro, invista nas curvas rosadas que estão dentro da sua caixa craniana, tenho certeza que não se arrependerá.