O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
17/02/2020
Para falarmos de ciúme, precisamos primeiro entender o que significa essa palavra. Ciúme é um estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso (sim penoso, porque a pessoa sofre), provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo com receio que essa pessoa também dedique seu afeto e sua atenção por e para outra pessoa. Em relação às coisas materiais, existe o medo de perder ou achar que ninguém saberá cuidar como a própria pessoa cuida. Dentro do grau de ciúme, existe o ciúme considerado normal, uma vez que a pessoa que se sente insegura tem medo de perder quem ama ou achar que não conseguirá comprar novamente aquele objeto que custou em adquirir. Como também nos faz pensar que sentir esse tipo de ciúme tem ligação com o cuidado, carinho e desejo de preservar o que gostamos e não queremos ficar sem, porém não deve ser algo possessivo. E, existe o ciúme doentio que é um sentimento de egoísmo e de posse da pessoa que sente o ciúme em achar que a pessoa tem que ser exclusiva dela e que só pode dar atenção a ela e fazer as coisas por e para ela. Lembrando que nem todas as pessoas que sentem ciúme são possessivas, porém toda pessoa possessiva é ciumenta além do que, pior do que o próprio ciúme é a falta de controle sobre ele, o que acontece com os possessivos. O excesso de ciúme num relacionamento é muito perigoso, revela o extremo de uma possessividade e da tentativa de controlar o outro, uma vez que o ciúme se torna patológico e pode levar a um relacionamento abusivo.
Quando falo de ciúme no relacionamento, me refiro a qualquer tipo de relacionamento, qualquer relação que envolvem duas ou mais pessoas.
Também podemos entender que o ciúme tem um terceiro elemento “ameaçador”, porque só sentimos ciúme por algo ou alguém que nos ameaça em tirar o que é “nosso”. E, o medo de ser rejeitado, enganado, traído ou preferido faz com que qualquer pessoa se sinta ameaçada em sua autoconfiança levando ao ciúme. Portanto, para quem é inseguro, esse sentimento de ameaça só potencializa o ciúme. Por isso, é importante cuidar de sua autoestima e do seu amor-próprio, assim terá autoconfiança e segurança diante as situações da vida entendendo que cada um de nós é responsável pelas escolhas e consequências dessas escolhas que fazemos.
O que leva uma pessoa a desenvolver ciúme? Como foi falado, o ciúme é o medo de perder. Lógico que quando gostamos e amamos não queremos perder a pessoa, porém a partir do momento em que esse medo de perder se torna muito intenso é que é o grande problema. E por quê? Porque está ligado à insegurança da pessoa que sente ciúme, insegurança de ficar sozinha, não conseguir outra pessoa que cuide, ame, não conseguir pagar as contas, não conseguir resolver suas coisas, tomar decisões…. O ciúme tem a ver com insegurança emocional, que vai levar à falta de confiança, baixa autoestima e dependência emocional. Como nem todas as pessoas têm noção do medo que está por trás do ciúme, acabam retroalimentando seu próprio ciúme que gera cada vez mais insegurança… Quando a pessoa não é valorizada, respeitada e amada em suas coisas, atitudes, sentimentos; quando é desrespeitada e ignorada em seus feitos, em seus esforços, a autoestima vai sendo diminuída, quando não há um contraponto para que alguém mostre para essa pessoa que ela não só erra, não só falha, começa a se tornar insegura, fica carente e quando alguém dá essa atenção e esse carinho, o medo de perder é gigante, daí o ciúme também gigante, que se não cuidado vai gerar mais dor e sofrimento.
Geralmente a outra pessoa também tem suas inseguranças e um acaba alimentando e retroalimentando suas inseguranças e ciúmes, começam a fazer acordos para não brigarem, começam a deixar de fazer coisas, estar com pessoas, vestir certas roupas por não quererem brigar nem se estressar: “afinal ele(a) me ama”.
O que fazer para não adoecer a si e nem ao outro por conta de tanto ciúme? Primeiramente reconhecer que o ciúme ultrapassou a normalidade e que está gerando sofrimento tanto para um quanto para o outro. Depois conversarem sobre suas inseguranças e seus medos e um ajudar ao outro respeitando seus medos e inseguranças sem provocar situações que possam gerar mais medos e inseguranças mostrando que não há porque temer. A pessoa ciumenta precisa também entender que nada é eterno e que um dia o término do relacionamento pode acontecer ou a pessoa que ama morrer e saber viver cada momento de forma saudável, caso contrário o medo de perder se torna tão grande que não consegue curtir a pessoa e o relacionamento e por fim acabará perdendo de forma ruim porque nem lembranças boas terá em sua memória. Ainda pode buscar ajuda de um psicólogo que irá ajudar a entender e ressignificar as questões que levaram a desenvolver tanto ciúme, tornando-se uma pessoa fortalecida emocionalmente, segura de si, confiante e de bem com a vida.
Lembre-se ninguém nasceu para ficar doente, sofrer e ser infeliz.
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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A intenção de aprender com e no relacionamento