O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
29/05/2020
A vida é cheia de adversidades e com elas, muitas provações. E, para ultrapassar por por essas coisas é de extrema importância que eduquemos nossos filhos de forma que saibam lidar com tudo isso, sendo resilientes, ou melhor ainda, desenvolvendo a antifragilidade. E esse papel de ensinar isso a seus filhos é dos pais, através de atitudes, conversas, exemplos e desenvolvendo habilidades de vida.
Antes de irmos ao ponto de como desenvolver a antifragilidade, preciso esclarecer algumas diferenças entre resiliência e antifragilidade e também o que seriam as habilidades de vida.
A resiliência é o famoso “não tem tu, vai tu mesmo”. Quando a gente é resiliente, a gente aceita a situação e pronto. Aceitamos mesmo que não concordemos e entendemos, é assim mesmo e vamos em frente, de certa forma, ficamos passivos diante a situação, se conformando. Quando nos tornamos antifrágeis, entendemos que precisamos sair da passividade, de simplesmente aceitar e ok, e sim entender que podemos nos fortalecer com as coisas e transformar a nossa visão em relação ao fato, ou seja, não simplesmente nos conformamos e sim entendemos, aprendemos, transformamos e crescemos mais fortalecidos. A resiliência aceita e se conforma com a fragilidade. A antifragilidade te prepara para se fortalecer e se transformar apesar da fragilidade. Ou seja, não importa o que está acontecendo e sim de que forma você vai agir para sair mais forte e superar o que está te acontecendo.
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Já as habilidades de vida te dão e te preparam para a vida e as adversidades existentes nela.
Dentro da disciplina positiva falamos de 7 habilidades de vida extremamente importantes para que as crianças cresçam saudáveis, fortes emocionalmente e felizes, que são:
Precisamos desenvolver autonomia nos filhos porque é a partir dela que as crianças desenvolvem independência, autoconfiança e segurança em fazer as coisas.
As crianças têm a necessidade de se sentirem pertencentes na família, no contexto. Se sentirem importantes para alguém, no lugar em que está e convive…
As crianças, em um determinado momento, geralmente a partir de 2 anos, começam a querer fazer suas escolhas. Quando não permitimos que façam suas escolhas, vamos moldando uma dependência e uma incapacidade de tomada de decisão. Logicamente nem tudo poderão escolher livremente, porém numa situação em que, por exemplo, precisam sair, separe 3 mudas de roupa e peça que escolha entre uma delas.
Precisamos ensinar as crianças a aprender a entender seus sentimentos nomeando-os para elas e levando-as a entender que é normal ficarem com raiva ou irritadas, ou tristes, porém isso não lhes dá o direito de sair descontando nos outros ou nas coisas suas frustrações e, ensinamos, com isso, a acharem alternativas assertivas para aquilo que estão sentindo.
Quando ensinamos as crianças desde cedo cumprimentarem e conversarem com as pessoas, desenvolver amizades através da comunicação, da ajuda cooperativa, da troca, saber negociar e se colocar no lugar do outro, estamos desenvolvendo nelas a se relacionar positivamente com os outros. Não querer para o outro o que não quer para si, além de aprender a escutar o que o outro quer comunicar, estamos desenvolvendo a empatia.
Frustrações fazem parte da vida de todos e se vamos fazendo tudo para os filhos, não os ajudamos a crescer e eles crescem frágeis. Dizer não é muito importante, ensina que as coisas não são como eles querem sempre e aprendem também a esperar e lutar pelo que querem, com isso você ensina o valor da persistência assertiva.
Não dê as respostas, não faça por eles, ensine-os a pensar sobre, a buscar as respostas dentro de si e as alternativas para a solução de um problema.
Quando ensinamos às crianças que não há perdas na vida e sim ganhos, ou seja, aprendizados, ensinamos a aprenderem a lidar com os desafios da vida e a desenvolverem as suas capacidades de mudanças diante os desafios. A partir do momento que se tornam confiantes, passam também a acreditar em seus potenciais através do esforço, da imaginação, do conhecimento e do autoconhecimento que vão adquirindo, e das habilidades que vão se aprimorando cada vez mais. Assim, passam a olhar as adversidades como desafios e não como problemas e se concentram no que podem fazer e não no que está fora de seus alcances porque vão aprendendo a pensar e a encontrar estratégias e alternativas para tomadas de decisão e busca de solução.
Desenvolvendo as habilidades de vida e os tornando antifrágeis, primeiramente dando e estimulando independência e autonomia. Depois, não olhando-os como pobres coitados. Está certo que nos dói quando os vemos sofrer, que dá vontade de fazer e resolver as coisas por eles. Porém, ao fazermos isso, impedimos o crescimento deles e os tornamos frágeis e dependentes e não os preparamos para a vida.
Quando diante uma situação ou dificuldade os levamos a pensar, em buscar uma solução, estimulamos eles a buscarem alternativas, em encontrarem dentro de si as respostas e perceberem o potencial que têm, fortalecendo-os internamente, deixando-os seguros de si e confiantes em suas tomadas de decisão. Crescem felizes.
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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