O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
02/03/2020
Todas as pessoas sentem ansiedade e, até um certo grau, ela é saudável porque nos impulsiona e nos motiva para buscar o que queremos realizar, alcançar e conquistar. Quando ela sai da normalidade, vira uma ansiedade nociva, pois pode nos adoecer. Se ela se torna dolorosa, é quando surge a angústia. Podemos falar então, que a angústia é uma forte sensação psicológica, caracterizada por um “sufocamento”, uma insegurança, que pode gerar alteração de humor, ressentimento e dor, inclusive sentida no corpo como um aperto forte no peito.
Os contratempos da vida existem e não conseguimos fugir deles. E isso significa que, em algum momento, iremos nos machucar e sim, vai doer, às vezes até demais. O grande problema é por quanto tempo esse sofrimento dura e o tanto que domina a nossa vida, por isso precisamos tomar uma atitude para que não adoeçamos.
Mesmo que as situações de rejeição, de perdas e/ou de fracasso doam muito e possam nos presentear com cicatrizes, se não forem bem cuidadas e ressignicadas, tanto a sua mente quanto o seu corpo podem vir a adoecer. Dessa forma, assim como, em absolutamente tudo na nossa vida, precisamos aprender a permitir que a angústia vá embora porque só assim conseguiremos dar espaço para que o novo chegue.
O interessante disso tudo, é ter clareza que somos todos seres humanos e portanto, todos nós sentimos angústias. Algumas pessoas possuem um pouco mais de resiliência que outras, ou porque já passaram por situações na vida que já as fortaleceram, ou porque conseguem ter um olhar mais otimista buscando a solução para as coisas e não ficar paralisado. Enquanto outras pessoas ficam perdidas sem saber como agir e o que fazer, porque não conseguem olhar além da dor e ficam presas ao problema o que acaba só potencializando ainda mais suas angústias, aflições e preocupações. Importante entendermos que toda dor nos leva a um crescimento e amadurecimento. Logicamente não é agradável sentirmos angústia, além do que, muitas vezes, ela vem de repente e levamos um certo tempo para identificarmos o que pode ser. Então, a melhor coisa é buscarmos alternativas para continuarmos e olharmos o lado positivo das coisas porque até na pior desgraça existe o lado positivo.
Quando estamos angustiados queremos que essa angústia vá logo embora e queremos que isso aconteça num passe de mágica. Só que infelizmente, não é assim. Como então se libertar dessa dor e seguir adiante? Primeiramente, precisamos entender de onde vem a angústia. O que está acontecendo que as coisas, os sentimentos estão saindo do controle? Caso contrário, você fica preso à situação angustiante e não consegue seguir adiante. Portanto, é preciso perceber, para então buscar mudar.
Entender quando as coisas não dependem ou não são de nossa responsabilidade, porque infelizmente nem tudo depende da gente, ajuda muito, além de perceber quando está havendo uma autosabotagem que nos prende e nos impede que possamos avançar. Importante também ter em mente que não há necessidade de pressa, o fundamental é que as coisas possam mudar de pouco em pouco.
E de que forma podemos trabalhar em alternativas para conseguirmos vencer nossas aflições para não ficarmos tão angustiados a ponto de adoecer?
Aprenda as lições que estão incutidas nas situações angustiantes e focar no crescimento a partir disso, onde ao invés de ficar se questionando do porquê isso estar acontecendo, buscar olhar a oportunidade para achar um novo caminho e uma outra alternativa que possa ser melhor para sua vida.
Pense numa música ou uma frase de impacto que possa acessar toda vez que estiver angustiado para conseguir superar essa fase, pelo menos por hora.
Dê uma passo para trás e olhe a situação de fora, como se estivesse olhando o labirinto de cima, com o olhar de fora fica mais fácil ter uma visão 360° e encontrar uma alternativa, e se for o caso, caso possa, se afaste do que te angustia para conseguir pensar melhor o que fazer, como agir e transformar a situação.
Não se deixe de lado. Tenha gratidão pela sua vida e pelas oportunidades de crescimento. Lembre-se por quantas situações já vivenciou na vida e achou que não conseguiria superar e no final tudo passou. Para qualquer situação, se você não estiver bem contigo, você não conseguirá estar bem com ninguém, muito menos ter clareza de pensamento para resolver o problema.
Tenha paciência com você mesmo, respeitando seus limites. Entendendo que estar frágil não é sinônimo de fraqueza. Entenda que está passando por uma fase na vida e que como tantas outras, ela também vai passar. O que vem de fora não conseguimos controlar, portanto, a partir do momento que você se angustiou e ficou aflito com algo que esteja acontecendo, seja seu melhor amigo, tenha calma e aja com compaixão aos seus sentimentos, procurando enfrentá-los no seu tempo.
Não negue que está passando por uma situação difícil. Negar os sentimentos de medo, raiva, tristeza, desapontamento, vulnerabilidade e mágoa só fará com que tudo piore. Aceitar é diferente de concordar. Quando você aceita que está aflito, você começa a trabalhar num processo de reestruturação emocional. Com isso você pode praticar o foco em alternativas para resolver da melhor forma que você puder e conseguir.
Foque no presente e procure parar de focar no “e se”, “será que”. Essas são palavras que só aumentarão suas preocupações.
Entenda que as angústias, aflições e preocupações que vêm em relação ao que alguém fez algo contigo, nem sempre a pessoa irá entender como erro e ter empatia com seus sentimentos e por isso também não pedirá desculpas. Dessa forma, mais uma vez, quem precisa cuidar da sua melhora é você.
Procure estar com pessoas que estão em sintonia contigo, que somam e acrescentam, assim poderão também te dar apoio, ser solidário contigo, até mesmo, compartilhar de momentos difíceis que viveciaram e de que forma conseguiram superar. Ter pessoas por perto que te colocarão mais aflições e angústias, você não precisa de forma alguma.
Faça uma atividade que goste, seja física, manual, intelectual, qualquer coisa que te faça se sentir bem, isso te ajudará a conseguir ressignificar com mais facilidade suas angústias. O cérebro e o corpo também precisam de pausas.
Pratique o perdão. Perdoar não quer dizer aceitar, esquecer ou deixar para lá e sim deixar de ser refém da sua dor, mágoa e angústia, caso contrário você vai se envenenando e se intoxicando. Seja autor da sua história.
Permita-se buscar ajuda com um especialista para falar das suas angústias, aflições e preocupações caso não esteja conseguindo dar conta sozinho. O psicólogo será uma pessoa que te ajudará a se fortalecer emocionalmente e ser um facilitador para te ajudar a encontrar novos caminhos para transpor suas dores.
Não nascemos para ficar doentes e nem aflitos. Sabemos que às vezes a angústia é tão grande que a dor se torna tão árdua que nem há palavras para representá-la, apenas lágrimas que rolam pelo rosto falam, por não haver mais espaço interno para tanta inquietação. Por isso é preciso falar dela porque só assim seremos capazes de ressignificar e achar um novo jeito de seguir em frente. Entendendo que não conseguiremos simplesmente enterrar tudo, porém conseguir viver o presente de forma um pouco mais leve até que tudo se acalme. Nossas angústias amadurecem nossa paciência, nossa resistência e nosso poder de resiliência. Tudo faz parte da vida. Se não tivéssemos as angústias para o nosso crescimento poderíamos comparar em querer ver o arco-íris sem a presença da chuva. Impossível! É a chuva junto com o sol que nos espelham tanta beleza. Portanto, pensemos em nossas angústias como um arco-íris embelezando nosso crescimento.
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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