O REPROGRAMANDO tem o objetivo de debater os problemas gerados pela programação cerebral negativa na vida das pessoas, trazendo soluções e caminhos que podem ser seguidos por pessoas comprometidas com a metodologia através de técnicas de Reprogramação Cerebral ensinadas pela Psicóloga e apaixonada pelo estudo da Neurociência, Sylvia Pabst.
20/11/2019
O abuso sexual de crianças e adolescentes é um problema muito sério e difícil de ser abordado, principalmente porque envolve tabus, sentimentos de vergonha, culpa e violação da privacidade e, infelizmente, 80% dos abusadores são pessoas próximas, do convívio das crianças.
Qualquer forma de violência sexual é profundamente condenável porque geralmente acontece pelo domínio do mais fraco pelo mais forte. Porém, quando a vítima é uma criança, a disparidade de poder é muito maior: um ser indefeso e frágil é submetido aos desejos doentios de alguém infinitamente mais forte, tanto do ponto de vista físico quanto do preparo para enfrentar aquela situação.
É comum que o agressor manipule a criança que está sendo abusada para não revelar seu sofrimento valendo-se desse desnível e lance mão de sentimentos de culpa, ameaças de outros tipos de danos ou ataques à autoestima. Zelar pela segurança e bem-estar dos menores é responsabilidade prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. Por isso, é importante que estejamos atentos a sinais que possam indicar abusos, sejamos pais, médicos, professores ou cuidadores. Na realidade, todos nós adultos deveríamos ter uma atitude de cuidado em relação a todas as crianças.
A violência sexual pode ser praticada por pessoas estranhas ou por adultos que participam ativamente do dia-a-dia das crianças, mas com frequência acontece dentro da própria casa. quando se trata de padrasto, avô, pai, irmão, a situação pode ficar ainda mais delicada. Nesses casos, é importante que outra pessoa do convívio possa também ajudar a cuidar da integridade da criança.
A observação atenta do aparecimento de manchas roxas, marcas de mordida ou sinais de machucados nos genitais (como fissuras ou sangramentos) pode ajudar a prevenir casos de violência, embora nem sempre o abuso sexual deixe sinais evidentes. Contudo, não apenas o ato sexual em si, como também as carícias nos órgãos genitais, mama, ânus são considerados violência sexual em menores de 14 anos. o exibicionismo, a pornografia e o voyeurismo também se enquadram nessa categoria. Todas essas formas deixam marcas emocionais que, mesmo que não sejam visíveis aos nossos olhos, podem comprometer muitas vidas.
Algumas mudanças comportamentais podem sinalizar que a criança está sendo abusada. Esteja atento se perceber mudanças emocionais súbitas ou um comportamento muito diferente do que a criança costumava apresentar; pode ser, por exemplo, o surgimento de uma tristeza constante, desmotivação, muita sonolência ou uma agressividade repentina.
O medo de ficar sozinha com uma determinada pessoa e sua evitação ou o medo exagerado de adultos também devem ser levados em consideração.
Perder repentinamente o interesse ou a vontade de brincar pode ser mais uma evidência de abuso.
Outro sinal seria uma curiosidade exacerbada sobre sexo ou masturbação frequente. Em alguns casos, ocorre também a perda de controle sobre as fezes (encoprese) ou sobre a urina (enurese).
Com raras exceções, filhos são frutos de um desejo intenso, e queremos evitar ao máximo que tenham que enfrentar qualquer tipo de sofrimento. A melhor receita para cuidarmos desses bens preciosos que nos são confiados é o amor, que se traduz em atenção, carinho e dedicação.
Se a criança puder encontrar alguém sempre aberto para conversar sobre os mais variados assuntos, que demonstra interesse pelo que está sendo relatado e em quem pode confiar, há muito mais chances de que possíveis abusos sejam detectados a tempo de evitar consequências maiores.
Sylvia Pabst
Psicóloga de formação com especialização em Neuropsicologia,
Neuropedagogia e
Neuroeducação.
Professora na área de:
Neurociências,
Neuropedagogia e Psicologia.
Supervisora de recém formados e estagiários em Psicologia.
Mais de 25 anos trabalhando com desenvolvimento humano.
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